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 a união faz a força

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joão paulo
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MensagemAssunto: a união faz a força   a união faz a força EmptyQui 30 Out 2008, 14:40

A união faz a força
Conheça
o funcionamento dos sistemas de embreagem mais utilizados e saiba como
obter o melhor rendimento e durabilidade do sistema





a união faz a força Uniao-abre




[size=30]V[/size]ocê
já contou quantas vezes o manete da embreagem é acionado? Nem precisa
contar para saber que o número é alto, afinal a embreagem é usada para
dosar a carga do motor nas mudanças de marchas, paradas e arrancadas
seja em uma simples volta pelo quarteirão, uma viagem ou uma competição.

Presente
na maioria das motos, as embreagens que utilizam discos de fricção
datam da invenção da própria motocicleta. Tanta longevidade na
utilização está ligada ao pequeno porte, durabilidade e custo baixo
quando comparado a outros sistemas.

O
piloto é capaz de influenciar na durabilidade usando a embreagem de
forma correta e evitando os vícios (veja abaixo) que diminuem a vida
útil do sistema.

Fricção

Quem
já usou a moto trocando marchas no tempo (aguardando a rotação certa e
aliviando o acelerador no momento da troca) sabe como é desconfortável
e arriscado. Além dos trancos, existe a possibilidade de perder o
controle da moto na hora de parar ou nas saídas. Fora isso toda a
transmissão (câmbio, corrente ou eixo-cardâ) é sobrecarregado.



Nessa
hora a embreagem mostra sua utlidade. O sistema "separa" o motor da
transmissão nas trocas de marchas e depois reestabelece a ligação
progressivamente, assim permite o controle "da força" do motor.


Tudo
graças aos discos dotados de superfícies de tração e fricção – material
sinterizado como das pastilhas e lonas de freio - ligados ao motor e a
transmissão. Poderosas molas expandidas forçam os discos um contra o
outro.


Quando
se aperta o manete da embreagem um cabo de aço movimenta uma alavanca
pressionando a placa que por sua vez comprime as molas da embreagem.
Quando a alavanca comprime as molas, os volantes são desacoplados. Eles
patinam e deslizam entre si até se separarem totalmente quando se diz
que o motor está "embreado" ou livre.
a união faz a força Uniao-3
A força da união

Ao
soltar o manete, o processo se inverte. As molas se encarregam de
"colar" novamente os volantes reestabelecendo o acoplamento original
entre eles. Assim o movimento do virabrequim voltar a passar para a
transmissão. Em motos sofisticadas o acionamento da embreagem é feito
por uma bomba hidráulica, com cilindro mestre, fluido e tubos flexíveis
idênticos aos usados nos sistemas de freios à disco. Assim como o freio
exige os mesmos cuidados de manutenção.

a união faz a força Uniao-6
Em
algumas motos, como nas tradicionais BMW, utiliza-se um sistema de
embreagem semelhante ao dos automóveis: apenas um robusto disco de
fricção ligado à transmissão e um volante giratório ligado ao motor.
Para acoplar utiliza-se uma grande mola cônica esse sistema é conhecido
como "chapéu chinês". Como vantagens podemos citar a simplicidade e a
robustez apesar do elevado peso e tamanho
Popular

Mas
a maioria das motos atuais usa embreagem com múltiplos discos - 4 a 9
pares em geral. São menores, mais leves e oferecem a mesma área de
atrito com isso fazem o mesmo trabalho de um "discão". Para isso os
discos são "ensanduichados" dentro de campanas. Essas campanas se movem
uma dentro da outra formando um volante compacto. Dessa maneira, discos
de tração ou espaçadores travados à uma das campanas ficam em contato
com os discos de fricção, por sua vez travados à outra campana. Assim
podem ser afastados ou unidos quando as campanas se encaixam deslizando
entre si. Geralmente a campana externa se liga ao motor através de uma
engrenagem. Já a interna transfere o movimento para a transmissão
através de um eixo motriz. Esse eixo atravessa a campana externa
apoiado por rolamentos.





Embreagens
mais sofisticadas podem ter uma terceira campana com mecanismo
limitador de contra-carga para maior segurança. Caso o piloto faça uma
redução brusca (passando de 6ª para 2ª, por exemplo) o mecanismo
limitador entra em ação fazendo a embreagem patinar impedindo que a
roda traseira trave.
a união faz a força Uniao-5

Refresco

Para
refrigerar e limpar os discos o sistema é montado na parte baixa do
motor e trabalha com uma certa quantidade de óleo ou recebe o
lubrificante na forma de respingos, o "banho" de óleo. Nesse caso, o
óleo circulando em pequena quantidade sobre a embreagem age como
refrigerador "roubando" o calor mas sem fazer a embreagem "patinar".
Isso pode acontecer quando se usa lubrificantes ou aditivos não
recomendados pelo fabricante. Esses produtos podem grudar entre os
discos fazendo a embreagem patinar.


Mas
a embreagem também pode trabalhar a seco ou ser acionada através da
força centrífuga como nas usadas em scooters e motonetas. Nesse tipo de
sistema, no lugar dos discos de embreagem são usadas sapatas giratórias
ligadas ao motor e instaladas dentro de uma campana, por sua vez ligada
à transmissão. Quando ganham rotação as sapatas se "abrem e colam" no
interior da campana passando o movimento para a transmissão final.


Porém,
seja qual for o sistema de embreagem, em algum momento os componentes
submetidos ao atrito e aos esforços constantes se desgastam. Quando
isso acontece com os discos de embreagem o material de fricção perde
eficiência e não permite acoplamento passando a deslizar, ou "patinar".
O motor ganha giros, mas a moto não sai do lugar ou vai se arrastando.
Quando isso acontece a solução é a troca dos discos. Uma tarefa
relativamente simples.

Durabilidade


a união faz a força Uniao-4
As
molas de acionamento, que também trabalham permanentemente estressadas,
também podem chegar à "fadiga total" acarretando deslizamento da
embreagem. A solução é trocá-las. Outra pane comum da embreagem é o
empeno dos discos ou campanas, quase sempre causados por
superaquecimentos por uso intenso, acima do normal, ou pelos chamados
"vícios" de pilotagem (veja abaixo). Além de patinar, os sintomas são
ruídos e trancos mesmo com a embreagem acionada.
O
rompimento de um cabo, vazamento de fluido ou entrada de ar podem
comprometer o acionamento da embreagem, assim como a regulagem
incorreta da folga ou "altura" do manete também comprometem o
funcionamento e durabilidade do sistema.


Essa
durabilidade depende apenas da maneira como a embreagem é utilizada.
Com cuidado e manutenção atinge milhares de acionamentos e trocas de
marcha... e não precisa contar para confirmar.




a união faz a força Uniao-meio

Vícios de Embreagem

Queimar embreagem:
Esse é o pior "castigo" especialmente quando o piloto a faz deslizar ou
patinar de forma bruta para vencer uma rampa muito íngreme, desatolar a
roda traseira ou para iniciar um "zerinho" por exemplo. Nesses casos os
discos superaquecem emitindo um cheiro característico causado pela
fricção excessiva. Essa prática pode acabar com a embreagem em
minutos... No caso de motos atoladas prefira sua retirada manual.




Embreagem acionada nas paradas:
Evite parar muito tempo com a moto engatada e embreagem acionada.
Componentes de acionamento e da embreagem estarão sendo esforçados sem
necessidade. Use o ponto morto para aliviar o sistema.




Segurar a moto na embreagem:
Equilibrar o peso da moto com a força do motor em rampas utilizando a
embreagem em deslizamento controlado - "queimando embreagem" - é
prática que pode consumir os discos em pouco tempo. Prefira usar os
freios.




Embrear sem tirar a mão do acelerador:
Trocar de marchas sem desacelerar sobrecarrega a embreagem forçando
deslizamentos à rotações muito mais altas do que seria normal reduzindo
sua vida útil drasticamente. Evite a prática a menos que você esteja
participando de uma competição quando realmente isso permite uma troca
de marcha mais rápida.




Arrancadas bruscas:
Soltar o manete de uma vez submete o sistema de embreagem a grandes
esforços comprometendo sua durabilidade. O ideal é soltar devagar e
acelerar progressivamente.
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